Apresentação da Virgem Santa Maria
21 Novembro 2017
A Apresentação de Maria ao templo de
Jerusalém é descrita apenas nos evangelhos apócrifos. O imperador Justiniano
mandou construir junto desse templo uma basílica, Santa Maria a Nova, que foi
dedicada no dia 21 de Novembro de 543. A memória litúrgica da Apresentação de
Maria começou a ser celebrada em Constantinopla, no século VIII, espalhando-se
pouco a pouco no Oriente.
No Ocidente, esta festa também se desenvolveu
lentamente. Em 1472 foi alargada a algumas igrejas latinas, parecendo no Missal
Romano apenas em 1505. É uma daquelas festas que, no dizer de Paulo VI, «para
além do dado apócrifo, propõem conteúdos de alto valor exemplar e dão
continuidade a veneráveis tradições» (Marialis cultus 8).
Primeira
leitura: Zacarias 2, 14-17
Rejubila
e alegra-te, filha de Sião,
porque
eis que Eu venho para morar no meio de ti
- oráculo do Senhor.
Naqueles
dias, muitas nações se unirão ao Senhor
e
serão meu povo;
habitarei
no meio de ti,
e
saberás que o Senhor do universo me enviou a ti.
O
Senhor possuirá Judá como sua porção na Terra Santa
e
escolherá ainda Jerusalém.
Cale-se
toda a criatura diante do Senhor,
porque
Ele se eleva da sua morada santa.
Este oráculo é provavelmente da da
época da reconstrução do Templo de Jerusalém, quando alguns israelitas ainda
estão longe da pátria e surgem fortes esperanças de renascimento.
Os três versículos que escutamos são
tirados da terceira das oito visões em que Zacarias escuta os oráculos do
Senhor. Neles ecoa a convicção forte dos israelitas: Deus vive no meio do seu
povo, a sua casa é o Templo de Jerusalém.
O texto de Zacarias confirma a fé, dá
esperança robustece a atitude, porque o Senhor está no Templo, garante nele a
sua morada, e anuncia a sua disponibilidade para acolher todos, israelitas e
gentios. Esta presença, que provoca júbilo, há-de levar também à contemplação
silenciosa do mistério.
Evangelho:
Marcos 3, 31-35
Naquele
tempo,
chegam
sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora,
o
mandam chamar.
A
multidão estava sentada em volta dele,
quando
lhe disseram:
«Estão
lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.»
Ele
respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?»
E,
percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele,
disse:
«Aí estão minha mãe e meus irmãos.
Aquele
que fizer a vontade de Deus,
esse
é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»
Jesus
ultrapassa a crise aberta com os seus familiares, particularmente com a Mãe e
os irmãos, alargando os limites da familiaridade com Ele a quem quer que que
cumpra a vontade de Deus. Os verdadeiros familiares do Senhor são aqueles que
«fazem» a vontade de Deus: «Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é
meu irmão, minha irmã e minha mãe» (v. 35).
Na
perspetiva de Jesus, a vontade de Deus não há-de feita com a atitude de um
escravo que executa ordens do dono, mas com o dinamismo e a criatividade de
alguém que sabe escutar e ser coerente com a Palavra escutada.
(In, www.dehonianos.org)
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